segunda-feira, 8 de junho de 2015

Já te sinto em mim....

Existem amores que não conseguimos ter a clareza de quando começaram, mas sabemos que nunca vão ter fim. Mesmo que, carnalmente nunca nos venha-mos a pertencer. Porque existe um mundo lá fora que nos chama. Um mundo que não para, para saltarmos fora. Um mundo que é teu e que eu não faço parte e um mundo que é meu e tu nunca farás parte.

A nosso favor temos o verdes dos nossos olhos, que fantasiam até com um pequeno suspiro de cansado. O verde que nos junta, também é o verde que nos separa. O verde que dá cor ao nosso mundo. Um mundo que desenhamos e continuaremos a desenhar, a verde e amarelo, a cor dos nosso cabelos, que também já começam a estar pintados de branco. Branco como a pureza deste amor, platónico que foi crescendo a cada dia que passa. Nunca houve beijos, nunca houve um abraço, nunca houve um ato carnal. Mas mesmo assim, e passado cinco anos, parece que a chama não esmorece.

Já nos chateamos, já juramos que nunca mais nos iríamos falar. Já pedi, sem tu sonhares, para não trabalhar diretamente contigo. E foi cedido esse desejo. Mas existe sempre uma coisa que fica, a saudade. Esta saudade pintadas das cores que já inventamos, de todos os sorrisos trocamos, de olhares escondidos e até explícitos. Esta saudade que fica sempre e que nos faz voltar sempre atrás,

Porque a única maneira de matar a saudade, e, a falta que nos fazemos. É conversar, como se o mundo acabasse amanhã. Como duas crianças, que pensam, ter descoberto o maior e melhor tesouro do mundo. É nesta altura que nos perguntamos, como e quando é que isto irá acabar um dia. Porque o verde dos nossos olhos, vê saudade a cada distância que tentamos criar.


Da tua eterna apaixonada!

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