O teu silêncio já não
me doí. Já não o sinto. O teu cheiro logo pela manhã, já não me
confunde os sentidos, nem me desperta as fantasias mais louca que
existiram entre nós. Hoje somos dois estranhos. Entre caminhos
paralelos, em que as linhas das nossas vidas já não se cruzam, nem
na imaginação de cada um de nós. Já não nos completamos nos
silêncios, nem entre olhares. Os sorrisos, não são mais cúmplices.
Falhamos! Falhamos os dois, desde o início. Afinal, já não existe
um quarto de hotel, na nossa imaginação, onde possamos fugir da
vida lá fora e sermos só nós. Eu e tu! Mesmo, sabendo que não
estávamos a fazer o correto.
Durante algum tempos,
fomos que nem trapezistas exímios. Onde tínhamos de travar o ar
dentro de nós, olhar sempre enfrente sem pensar nas vertigem, nem
nos tombos que podíamos dar, se os pés nos falhassem na corda da
vida. Os movimentos tão minuciosamente, mal dados. Tal como duas
crianças a viverem as primeiras fantasias. Imaginamos todo ao
pormenor. Talvez por isso, nada aconteceu. Ou melhor aconteceu na
nossa mente e nos ”sonhos”... mas, haverá sempre um dia que
tudo acaba, pq nada é eterno. O nosso também já chegou, e por isso
seremos sempre o, SE na vida um do outro.
Gostei de ti, de nós,
das nossas loucuras imaginárias. De quando a nossa imaginação se cruzava, entre
letras e sorrisos malandros. Mas, tal como eu, já não nos sentimos
a falta. E a vida segue...
Sem comentários:
Enviar um comentário