terça-feira, 5 de maio de 2015

Já não sinto o vazio do teu silêncio....

O teu silêncio já não me doí. Já não o sinto. O teu cheiro logo pela manhã, já não me confunde os sentidos, nem me desperta as fantasias mais louca que existiram entre nós. Hoje somos dois estranhos. Entre caminhos paralelos, em que as linhas das nossas vidas já não se cruzam, nem na imaginação de cada um de nós. Já não nos completamos nos silêncios, nem entre olhares. Os sorrisos, não são mais cúmplices. Falhamos! Falhamos os dois, desde o início. Afinal, já não existe um quarto de hotel, na nossa imaginação, onde possamos fugir da vida lá fora e sermos só nós. Eu e tu! Mesmo, sabendo que não estávamos a fazer o correto.

Durante algum tempos, fomos que nem trapezistas exímios. Onde tínhamos de travar o ar dentro de nós, olhar sempre enfrente sem pensar nas vertigem, nem nos tombos que podíamos dar, se os pés nos falhassem na corda da vida. Os movimentos tão minuciosamente, mal dados. Tal como duas crianças a viverem as primeiras fantasias. Imaginamos todo ao pormenor. Talvez por isso, nada aconteceu. Ou melhor aconteceu na nossa mente e nos ”sonhos”... mas, haverá sempre um dia que tudo acaba, pq nada é eterno. O nosso também já chegou, e por isso seremos sempre o, SE na vida um do outro.

Gostei de ti, de nós, das nossas loucuras imaginárias. De quando a nossa imaginação se cruzava, entre letras e sorrisos malandros. Mas, tal como eu, já não nos sentimos a falta. E a vida segue...


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