Hoje acordei e a primeira coisa que pensei foi em mim,
coincidência ou não, entro no autocarro e passa aquela
musica, que aprendia a gostar contigo . Tanto tempo depois, talvez
seis anos já se passaram. Nunca pensei sentir saudades daquele amor
louco e desenfreado de adolescente. Que tanto me fez rir como chorar.
Nunca fomos namorados, a vida assim o quis e bem. Não teria tido
maturidade para saber lidar com o aquele sentimento. Mas oito anos ao
teu " lado", numa "relação" de adolescente foi
qualquer coisa, uma escola talvez...
Hoje estive saudades, muitas! Saudades que pensem nunca ter. Mas
enquanto ouvia aquela música, fechei os olhos e
imaginei-te... Na minha mente, ecoou uma voz igual à tua, de como me
lembro dela. Tinhas a mesma forma de olhar, numa expressão tão tua.
A mesma forma de fechar as mãos de quando terminavas os teus
diálogos, com a certeza que sempre tiveste de seres o senhor da
razão.
Passaram-se seis anos, e na minha mente continuas igual, é tão
estranho, porque sei que não estás igual. Os meus sentidos ainda te
reconhecem o cheiro, o toque, os teus modos e teu sentido de humor
como se estivéssemos estado juntos ontem.
Se nos cruzássemos novamente pela vida, estaria tão diferente
que dificilmente me reconhecerias. Eu jamais me reconheceria diante
de ti. Esta sensação é assustadora. Mas quando penso em ti,
recordo-me que se passaram anos, e pergunto-me se também estaria tão
irreconhecível quanto eu.
Seremos duas pessoas estranhas incapazes de nos reconhecer, ou nos
reconheceríamos de imediato, entre sorrisos e gargalhadas ingénuas
e olhos capaz de devorar o mundo a nossa volta. Com uma alegria, e
sede de viver que sempre nos caracterizou diante da nossa arrogância
de adolescentes, que nos fazia pensar que podíamos magoar os outros
e nunca saiamos magoados...
Saudade, é o sentimento desta segunda feira, saudades do teu
maravilhoso sorriso...
Bonito!
ResponderEliminarTão bonitas as tuas palavras neste texto carregado de sentimentos.
ResponderEliminarhttp://agatadesaltosaltos.blogspot.pt/